Greve na AB Mauri: Trabalhadores chegam ao LIMITE e exigem respeito já!

Na madrugada desta segunda-feira (20), o chão de fábrica da AB MAURI BRASIL LTDA, em Sorocaba, se transformou em um grito coletivo de revolta. Depois de meses de tentativas frustradas, os trabalhadores decidiram dar um basta. A empresa se recusa a apresentar uma proposta justa para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), e o resultado é o que todos temiam: o estado de greve foi declarado.

Não é de hoje que os companheiros e companheiras da AB Mauri denunciam o descaso. A cada rodada de negociação, a paciência se esgota, o cansaço aumenta e o sentimento de indignação toma conta. Enquanto a empresa lucra com o suor de quem trabalha, os direitos seguem sendo empurrados para depois, e o “depois” chegou.

O clima em Sorocaba é de tensão. FITIASP, STILASP, STIA Boituva, Sindicato dos Químicos, Sindicato dos Metalúrgicos e Sindicato dos Transportes, com o apoio da CUT, uniram forças para defender a dignidade de quem mantém as máquinas funcionando. A união entre categorias mostra que a luta ultrapassou os muros da empresa: é uma luta por respeito, por justiça e por um mínimo de reconhecimento.

As trabalhadoras e trabalhadores da AB Mauri estão no limite. São pais e mães que produzem todos os dias, mas que há muito tempo não veem a valorização prometida. É inaceitável que uma multinacional do porte da AB Mauri trate seus funcionários com tanto desprezo.

A greve não é um capricho. Ela nasce da urgência de sobrevivência, da necessidade de ser ouvido, do direito de ter uma proposta decente. A cada minuto sem resposta da empresa, cresce a revolta e aumenta o risco de uma paralisação total.

A FITIASP e os sindicatos reafirmam que a categoria não vai recuar. Se a empresa quer paz, que apresente uma proposta à altura do esforço de seus trabalhadores. Até lá, a produção pode parar a qualquer momento.

A paciência acabou. A dignidade não se negocia. E a luta está apenas começando.