FITIASP promove encontro estratégico para fortalecer negociações coletivas em 2025

Nesta última terça-feira (9), a Federação Independente dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado de São Paulo (FITIASP) realizou um encontro de grande relevância, reunindo dirigentes e assessores de sindicatos filiados em um amplo debate sobre conjuntura econômica, setores estratégicos e as perspectivas para as próximas campanhas salariais.

A abertura foi conduzida por Paulão, presidente da FITIASP, que destacou a importância da mobilização e da unidade dos trabalhadores diante dos desafios econômicos que marcam o ano de 2025. Segundo ele, o momento exige organização e preparo para garantir conquistas que preservem salários, empregos e condições dignas de trabalho.

O evento contou com uma programação intensa. O advogado Dr. Roberval trouxe uma análise detalhada sobre o setor de doces e conservas, apresentando os principais desafios regulatórios e as condições enfrentadas pelos trabalhadores. Em seguida, a Dra. Careen abordou o setor de carnes e derivados, destacando o peso das exportações, os impactos das políticas externas e a necessidade de ampliar a organização sindical para proteger os direitos da categoria.

Fernando Lima - Supervisor técnico do DIEESE

Na sequência, Fernando Lima, supervisor técnico do DIEESE, apresentou um panorama econômico atualizado que servirá de base para as negociações coletivas. Entre os pontos destacados estão:

• Taxa de desemprego em 5,8%, a menor da série histórica.

• Abertura de 1,3 milhão de postos formais nos sete primeiros meses de 2025, sendo 253,4 mil apenas na indústria de alimentos e bebidas.

• Inflação ainda acima do teto da meta, com forte impacto no custo da cesta básica e no poder de compra dos trabalhadores.

• Salário mínimo paulista reajustado em 10%, alcançando R$ 1.518,00 em 2025 e já com previsão de R$ 1.804,00 em 2026, assegurando aumento real de 2,5%

  
  

Fernando também chamou atenção para o “tarifaço” anunciado pelo governo dos Estados Unidos, que impôs tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros, medida que pode impactar diretamente a produção e o emprego no setor de alimentação.

Encerrando o ciclo de apresentações, o dirigente José Carlos, do STILASP, apresentou propostas práticas de abono e PLR, com simulações que demonstraram alternativas para proteger o poder de compra da categoria mesmo em um cenário econômico adverso.

O encontro reforçou uma mensagem central: somente com unidade, participação ativa e mobilização constante dos trabalhadores será possível conquistar reajustes justos e avançar nas condições de trabalho frente às pressões nacionais e internacionais.

A FITIASP segue à frente, fortalecendo os sindicatos filiados e preparando a categoria para lutas decisivas em defesa dos direitos dos trabalhadores da alimentação.

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