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Plúrimo | 1ª Rodada de negociações coletivas do setor iniciam com divergências entre sindicato e patronal

Nova rodada de negociações já está agendada!


Na última segunda-feira (23), às 10h, a sede da FITIASP (Federação Independente dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de São Paulo) foi palco da primeira rodada de negociações entre os sindicatos dos trabalhadores e do patronal para discutir sobre a convenção coletiva de trabalho - CCT 2024/2025. Esta primeira rodada reuniu diversos sindicatos da categoria de trabalhadores nas indústrias de alimentação, além de representantes do patronal do setor.


Representando os trabalhadores, a FITIASP e a FTIA Interior contaram com a presença de sindicatos importantes, como o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Laticínios e Alimentação de São Paulo (STILASP), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação de Boituva/Porto Feliz e Região, entre outros. Já pelo lado patronal, as entidades representativas incluíram o Sindicato da Indústria de Massas Alimentícias e Biscoitos (SIMABESP) e o Sindicato da Indústria de Produtos de Cacau e Derivados do Estado de São Paulo (SICAB), todos presentes na forma virtual e presencial.


A mesa de negociações foi marcada por relatos de dificuldades tanto dos trabalhadores quanto das empresas. A bancada patronal abriu os trabalhos destacando os desafios enfrentados pelas indústrias, que sofreram com as recentes queimadas e enchentes no sul do Brasil. Por outro lado, os representantes dos trabalhadores sublinharam a dificuldade de sobrevivência dos trabalhadores diante de salários baixos e do aumento constante no custo de vida.


Propostas divergentes


Durante a reunião, a bancada patronal apresentou uma proposta considerada abaixo das expectativas dos trabalhadores. A proposta inicial oferecida incluía:


  • Reajuste salarial de 3,71%, correspondente ao INPC, com teto de R$ 15.572,04;

  • Piso salarial de R$ 2.146,79;

  • Cesta básica no valor de R$ 342,24;

  • Multa de R$ 1.348,23 pela não realização do programa de Participação nos Lucros e Resultados (PLR);

  • Manutenção das demais cláusulas vigentes.


A contraproposta apresentada pelos trabalhadores demonstrou a busca por maiores avanços nas condições de trabalho e remuneração, refletindo as necessidades da categoria. Entre os principais pontos, destacam-se:


  • Reajuste salarial de 6% sem imposição de teto;

  • Piso salarial de R$ 2.250,00;

  • Cesta básica de R$ 450,00, com a aplicação do mesmo índice de reajuste para empresas que já concedem valores superiores;

  • Fornecimento de refeição para todos os trabalhadores, sem limite de quantidade;

  • Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais;

  • Vale combustível equivalente ao valor do Vale Transporte;

  • Homologação das rescisões contratuais obrigatoriamente no sindicato;

  • Reembolso de creche para crianças de até 5 anos e 11 meses;

  • Assistência médica por até três meses após a demissão.


Próximos passos


A reunião foi finalizada com o agendamento de um novo encontro para o dia 1º de outubro de 2024, às 10h, também na sede da FITIASP. As negociações continuam com a expectativa de que ambas as partes possam chegar a um consenso que atenda às necessidades tanto dos trabalhadores quanto das empresas, buscando sempre o equilíbrio entre os desafios enfrentados pela indústria e a valorização da força de trabalho.

A FITIASP, a FTIA Interior e os sindicatos continuarão defendendo os interesses da categoria, garantindo que as condições de trabalho sejam justas e que os direitos dos trabalhadores sejam preservados.


Essa negociação é um marco importante para o setor, com a expectativa de que os avanços possam representar melhorias significativas para todos os trabalhadores representados pela FITIASP e pela FTIA Interior.


Fortaleça seu sindicato!



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